Não é novidade que a época de Natal é de festa, mas poucos a vivem tão intensamente como a comunidade cigana, para quem esta é a época mais importante do ano.
Durante três dias, os ciganos dizem adeus as dietas e a tristeza e deliciam-se com os fartos manjares, que aprisionam as mulheres durante horas nas cozinhas, e cantam e dançam pela noite dentro.
Do dia 23 ao dia 25 há sempre festa nas tendas.
O Natal é tão importante que passamos dias a fazer comes e bebes.
Os preparativos começam com o amassar das filhóses,acrescentando também a alegria e o contentamento.
Na noite da Consoada, o tradicional bacalhau cozido com couves e batatas é indispensável, assim como o bacalhau frito, a feijoada, conhecida por guizo de Natal, e as frutas.
O dia mais importante, o de Natal, as mesas enchem-se com cabrito assado e batata assada, carne guisada com batata cozida, as galinhas cozidas, o grão cozido com massa, as saladas de fruta e os pudins.
Iguarias destinadas não só aos convidados, mais também quem aparece de repente.
Os ciganos andam de tenda em tenda, se fartam um bocado em cada mesa, a pedirem a benção ao cigano mais velho.
Uma festa que dá mais trabalho as mulheres que aos homens com certeza.
Para os homens é só para estarem a cantarem, a dançarem, a comerem os petiscos e a beberem vinhos, cervejas e ponches.
Felizmente, para as ciganas o almoço não é tão importante e, regra geral, comem-se os restos da noite anterior.
Mas,a partir do meio-dia e até a meia-noite ou uma da noite é sempre a comer e a beber.
Quanto a música,a dança e a fogueira já se sabe, são rituais normais do povo cigano.
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