Rom - homem, pai de família.
Romi - mulher, mãe de família.
Entre o século X e XIII, os ciganos se subdividiram em dois grupos:
Um foi para a Ásia e o outro para a Europa.
A Grécia foi um país muito importante, visto que lá eles adquiriram costumes, hábitos e vocábulos da cultura grega, começaram a ser nômades porque viam muitos viajantes passando e ficavam fascinados com a sabedoria que adquiriram.
O período de muito sofrimento foi em 1370, o povo Rom foi a Moldávia e Valáquia (Romênia), onde foram escravizados, só em 1855, 200.000 ciganos foram libertados, uns se tornaram sedentários, outros foram para outros países e muitos para várias cidades da Romênia.
O período de muito sofrimento foi em 1370, o povo Rom foi a Moldávia e Valáquia (Romênia), onde foram escravizados, só em 1855, 200.000 ciganos foram libertados, uns se tornaram sedentários, outros foram para outros países e muitos para várias cidades da Romênia.
Sempre foram um povo muito alegre.
Dançavam, cantavam, liam a sorte etc.
Na verdade o cigano para ser nômade tinha que usar a arma da sedução e esperteza para poderem sobreviver.
Na Checoslováquia eram condenados, só por serem ciganos; a sua orelha era cortada antes de qualquer acusação.
Na Checoslováquia eram condenados, só por serem ciganos; a sua orelha era cortada antes de qualquer acusação.
Os ciganos no Brasil: Os ciganos entraram em Portugal pela Espanha em 1516 mais precisamente em Alantejo, porque era um lugar descampado e tinha matagais.
Em Portugal eram impedidos de ler mãos, eram impedidos de exercer a sua ciganidade, falar o Romani, usar roupas ciganas.
Era caso até de morte ou prisão se assim o fizessem.
Portugal já não suportava os ciganos e para se verem livres,os mandaram para o Brasil.
O 1º cigano que chegou ao Brasil era do grupo Calon,em 1574, e se chamava João Torres.
Veio como degredado com mulher e filhos.
Em 1808 foi contratado como músico pela Família Real Portuguesa.
Na época do Nazismo, foram mortos mais ciganos do que judeus (600.000 ciganos foram mortos e esterilizados), seus bens foram confiscados.
Na época do Nazismo, foram mortos mais ciganos do que judeus (600.000 ciganos foram mortos e esterilizados), seus bens foram confiscados.
Sobreviveram algumas dezenas de ciganos.
Afirma-se que hoje há cerca de 150.000 ciganos espalhados por todo o Brasil, nômades ou sedentários, isto sem falar naqueles que negam a sua ciganidade.
Os ciganos se dividem em grupos: 1 - Rom, Manouche ou Sinti; Calons.
O Rom se divide no subgrupo que são os Kalderash, Lovara, Tchurara.
O Manouche ou Sinti (Sinti - franceses, Manouche - franceses), Sinti alemães ou Manouche falam o dialeto Sintó, Sinti italianos, Sinti pressuianos da Prússia.
Os Calons em catalães e Andaluzes falam a língua Kaló.
Os Lovara são tratadores de cavalos, comerciantes de tapetes, sedas e veículos motorizados.
Os Tchurara são guerreiros.
Os Kalderash são artesãos de metais
. As tradições são muito fortes no grupo Rom (Kalderash), já que entre os Manouche ou Sinti e os Calé, são muito comuns os casamentos com os não-ciganos.
O grupo Rom (Lovara) são bastantes considerados entre todos os ciganos da Europa, porque possuem uma liderança sábia.
A Família: É uma dos mais importantes fatores da sua cultura, o amor a família está acima de tudo. As crianças recebem amor, carinho e liberdade. Tem o papel de levar adiante a existência do grupo.
Os homens assumem a chefia do grupo. As mulheres são reservadoras dos laços culturais e muito respeitadas como mães.
Os velhos são guardiões e transmissores da cultura cigana a qual se devem respeitar, pois são conhecedores das tradições ciganas.
É o maior tesouro do cigano, ao contrário da cultura dos gadje onde o velho não serve para nada porque não contribuem economicamente.
As mesmas famílias se juntam com o mesmo interesse são chamadas de Kumpania.
Dos 10.000.000 de ciganos no mundo, somente uns 2.000.000 são nômades.
Dos 10.000.000 de ciganos no mundo, somente uns 2.000.000 são nômades.
Os ciganos tem suas leis morais muito rígidas:
Há panos que separam a cama dos casais,os jovens se casam cedo, não existe poligamia nem adultério.
Os laços tribais são tão fortes que eles se tratam entre si por parentes, primos e tios.
Um cigano mentir a outro cigano é falta bastante condenável.
Os cargos de chefia de tribo não são hereditários são adquiridos pela sua competência, prestígio e idade.
Cargos importantes da tribo:
Kaku ou Kakum: Homens escolhidos e marcados.
São os chamados feiticeiros da tribo.
A Phuri-day:(Mãe da tribo) É consultada antes de qualquer decisão tomada pela tribo, orienta em assuntos práticos e lidera os rituais ciganos.
A Bibi: (Tia) Atua mais em questões relativa às mulheres e às crianças.
O cigano só terá verdadeira importância para a tribo quando se casar e tiver filhos.
O Nascimento: A mulher estéril é considerada inútil.
É um fato que desagrada muito o cigano.
O nascimento de uma criança é muito importante para a tribo, quanto mais filhos tiver mais torna a tribo poderosa, já que os filhos servirão de defesa dos pais e amparo as mulheres.
A criança não deve nascer dentro da tenda.
Se isto acontecer todos os objetos que tiveram contato com ele, ficará fora de uso, pois ela está marimé ou merimé.
A mulher grávida não poderá ver pessoas defeituosas, ouvir conversas sobre morte, cemitério, violência etc.
Só depois do 6º mês é que poderá armar a cama do ciganinho e arrumar as suas coisas, pois antes tráz azar.
Quando a criança nasce a Phuri-day prepara o alimento para a Fada do Destino que virá ver a criança.
Quando nasce a criança, o seu primeiro banho é dado numa bacia de cobre, e dentro é colocado vinho com água de rio, flores brancas, moedas de ouro e jóias - isto é para dar riqueza e sorte para a criança.
O cigano a princípio tem 3 nomes:
O cigano a princípio tem 3 nomes:
- O nome secreto só de conhecimento da mãe.
- O nome de batismo que só é do conhecimento da tribo.
- O nome de batismo católico que é conhecido dos gadje.
Costumam dar para batizar os gadje, para ricos comerciantes,influentes; no sentido de obterem dinheiro, favores, aceitação e proteção na sociedade dos gadjes.
Casamento
É ponto de honra entre os ciganos, tanto que os solteiros tem uma posição menos privilegiada. Os ciganos não aceitam poligamia, se o casamento não der certo pode ser desfeito, e tanto o homem quanto a mulher poderão se casar outras vezes, e o dote (daró) será dividido.
O pedido de casamento era feito em volta da fogueira, lá se resolviam os dotes e tudo mais.
É bom casar pessoas do mesmo grupo, ou da mesma tribo, porque este se fortalecia muito mais.
Uma cigana só não pode casar por 3 motivos:
- Quando o Pai tem uma filha mais velha para casar.
- Quando tem uma filha que arca com o sustento do grupo.
- Quando há incompatibilidade entre as duas famílias.
Não aceitar o casamento por outros motivos que não seja os acima citados, é ferir o código de honra dos ciganos, e isto trás brigas entre as famílias.
O noivado durará no máximo 4 meses, e com pouca intimidade.
Enquanto se prepara o casamento, a família do noivo conseguirá mais dinheiro para custear a festa que durará de 3 a 5 dias.
Se chama abiéu.
O dote, o traje de casamento e o enxoval será custeado pelo pai do noivo.
Antigamente quem presidia o casamento era o chefe da tribo,hoje é o pai do noivo, e será ele ou o padrinho de casamento que pegará um pedaço de pão e misturará ao sal, repartirará o pão e dará aos noivos dizendo:
“Cana burri tiça olondi, au murrô cadé vurri tinrromê”, que quer dizer:
“Quando o pão e o sal perderem o sabor, vocês não terão mais amor um pelo outro.”
No outro pedaço será feito a mesma coisa, só acrescentando uma moeda de ouro para simbolizar riqueza e sorte.
Em algumas tribos os parentes da noiva carregam durante a cerimônia, um lenço vermelho que simboliza a pureza da noiva, quando for comprovada a virgindade, este mesmo lenço será usado na sua cabeça (diklô).
Em outras tribos são feitos os laços de sangue.
Após o casamento são depositados no Darrô, jóias, dinheiro, presentes para os noivos.
Alguns ciganos dizem que a prova da lacha (virgindade) é usada como uma forma de preservar as tradições ciganas, outros afirmam que este ritual é muito importante.
Caso não haja uma comprovação da lacha, o noivo é quem decide se fica ou não com a noiva.
A sogra lhe mostrará a nova roupa e lhe colocará o lenço, e ela passará a morar com os sogros até o nascimento do 1º filho.
Morte é um assunto sagrado.
Morte é um assunto sagrado.
Os mortos para os ciganos continuam vivos, estão investidos de todo o poder para vir ajudá-los em todas as circunstâncias.
As pessoas morrem para velar pelos seus que ficaram na terra.
Por isto é um morto-vivo (mulô).
Se sabe pouco sobre o tema morte entre os ciganos e eles tem muito respeito em falar de morto, porque falar de morto é traí-lo e pode provocá-lo através do Bibakt, que é um castigo para o cigano.
Os ciganos acham que os antepassados, estejam aonde estiverem, sempre protegem a tribo e suas tradições.
Se houver falecimento dentro da tchêra, tudo deverá ser queimado, menos fotografias e dinheiro, tudo que ele ama deverá ser enterrado com ele, suas roupas, chapéus e objetos que estimava muito.
Romana Ritual feito ao morto, pode variar de tribo para tribo, mas geralmente é feito com 1 mês de falecimento.
Ao completar 6 meses de falecimento e no aniversário do seu falecimento, é feito um Phuri-day. Preparam-se as comidas que o falecido mais gostava em vida e todos os parentes se sentam à mesa.
Sobre a cadeira do morto, os seus pertences, que não foram enterrados junto com ele.
Ao término do jantar os pertences e mais a comida serão jogados no rio.
Quando o morto é criança, o luto é mais prolongado.
Os homens não fazem mais barba e as mulheres andam de luto a vida inteira.
No caixão são colocadas moedas de ouro para pagar a travessia da morte.
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