Os Mistérios da Lua -Uma alusão a nossa Bruxa interior ...

Que energia invisível e misteriosa existe por trás desse maravilhoso satélite que dança ao redor da Terra, através de seus ciclos eternos, influenciando o homem por milhões e milhões de anos?
Essa maravilhosa cortesã é inconstante, apesar de possuir um ciclo previsível.

Em alguns momentos irradia Luz, porém algumas vezes é negra e se mistura à noite.

É uma dama que evoca os mais recônditos sentimentos humanos, as mais loucas fantasias e projeções da mente humana.

Amor, loucura, bruxaria...nossas fantasias.

Na astrologia a Lua Nova está associada à morte.

É a Lua Negra ligada à feitiçaria, à Deusa Hécate, regente dos nascimentos e da magia negra. Acompanhando seus ciclos, depois da escuridão começa a surgir uma nova lua, a lua crescente, recepcionando toda fertilidade e prosperidade.

Sua forma aberta, delicada, evoca nosso lado mais feminino, mas também mais vulnerável.
Sua forma é a de um cesto aberto, pronto para receber o que vem de fora.

Relacionada com a deusa Perséfone, que em um de seus passeios pelas plantações, foi raptada por Hades, o Senhor dos Infernos e levada para o mundo avernal.

Também era o emblema que Ártemis, a caçadora virgem trazia em suas vestes.

Lentamente enche-se de Luz e se torna Lua Cheia, completa, após o ciclo da Lua Crescente.

É grávida, redonda, plena e madura, à espera do nascimento.

É o ponto máximo de maturidade, onde todo seu poder está contido, fechado dentro de um círculo que abriga um mistério transformador.

Está associada à deusa Deméter, mãe de todos os seres vivos.

E logo após o ápice de sua energia, começa a minguar, escurecendo pouco a pouco até desaparecer aos nossos olhos.

E nossa deusa Hécate retoma seu poder uterino levando nosso destino de volta à escuridão.

Na antigüidade o ciclo lunar era chamado de Grande Ronda, e até hoje nosso destino está ligado a esse ciclo, obediente à lei da transitoriedade.

As pessoas ligadas à natureza e seus ciclos conseguem compreender com mais facilidade essa lei. São geralmente indivíduos que possuem um funcionamento relacionado com o lado yin do Universo, o lado feminino, que não tem nada a ver com a sexualidade.

Se pararmos para observar, poderemos perceber o ciclo lunar em todos os acontecimentos de nossas vidas.
Quando lutamos em direção a um objetivo, seja este qual for, experimentamos inicialmente a energia do início obscuro e oculto da lua nova.

Em seguida vivemos a época da fertilização da lua crescente.

E vivemos enfim o ápice, o plenilúnio, a lua cheia repleta de glória e realização.

Mas não podemos perder de vista a fase de morte e degeneração que chegará unida à energia da lua minguante.

Miramos outro objetivo e partimos um novo ciclo.

Quando nos aliamos ao tempo e à natureza, conseguimos nos entregar com mais facilidade à transitoriedade, nos sintonizamos com mais facilidade às mudanças de nossos corpos físicos, emocionais e mentais.

E assim como acompanhamos seus ciclos, ela, a lua, também nos acompanha emitindo sua energia feminina em uma dança livre e sensual desde os nossos nascimentos.

Na astrologia, quando olhamos para a lua considerando seu princípio psicológico devemos considerar nossas necessidades básicas de segurança e sobrevivência.

Quando não temos nossas necessidades básicas preenchidas ficamos ansiosos.

No mapa natal, o signo da lua pode nos oferecer uma descrição do que nos traz aconchego e segurança, do modo que vemos e sentimos nossas mães, do modo que você provê e é provido.

Se você for homem, do tipo de mulher que você quer ter ao seu lado.

A lua nos mostra nossa natureza emocional, nossas respostas instintivas e também pode dizer algo a respeito do que gostamos de fazer quando nos afastamos para descansar.

A posição de casa e aspectos lunares podem trazer conflitos emocionais e consequentemente nos relacionamentos.

Com tudo isso, seria interessante darmos uma maior atenção à lua que conhecemos dentro e fora de nós.